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Entenda a conexão entre Dor de Cabeça e DTM (Disfunção Temporomandibular)

Você sabia que os músculos da nossa mandíbula e a articulação temporomandibular (ATM) estão intimamente interconectados aos músculos da cabeça e pescoço? E que, quando ocorre uma disfunção na ATM, isso pode desencadear uma série de efeitos que causam aquela sensação de aperto ou pressão ao redor da cabeça? Essa relação muscular e de dor é alvo de muitos estudos, pois ela é complexa e multifacetada, já que envolve vários fatores: biomecânicos, neurológicos e psicossociais.

Qual a diferença entre ATM e DTM?

Antes de qualquer explicação é preciso entender o que é a ATM – Articulação Temporomandibular. Ela é responsável por todos os movimentos que fazemos com a boca, existindo uma em cada lado (em frente de cada orelha). As enfermidades desta articulação e dos músculos que fazem esses movimentos são as chamadas Disfunções Temporomandibulares.

A Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma doença que acomete milhares de pessoas, causando sofrimento e grande impacto na qualidade vida e no convívio social, pois essa condição afeta a capacidade de se realizar atividades cotidianas simples como mastigar, falar e sorrir.

Mas, os sintomas da DTM podem variar e aparecer como:

– Dores próximas na região do ouvido

– Dificuldade para abrir a boca ou movimentar a mandíbula

– Falta de coordenação dos movimentos mandibulares

– Travamento da mandíbula

–  Zumbidos

–  Dores na coluna

Pela literatura médica, constata-se que as principais causas da DTM são ansiedade e o estresse que, normalmente, estão diretamente ligados ao Bruxismo, o hábito de ranger os dentes. A influência de outros hábitos como posturas de trabalho e de dormir e uma mordida desalinhada também são fatores que desencadeiam os sintomas da DTM e contribuem para as dores. As mulheres em idade fértil estão mais sujeitas ao desenvolvimento da DTM, mas isso não significa que o transtorno não atinja homens e até crianças.

Como tratar a DTM?

Apesar de ser bastante complexa e multifatorial, a DTM, quando diagnosticada, pode ser tratada e controlada, de preferência, por uma equipe multidisciplinar, que pode envolver psicólogos, fisioterapeutas, otorrinolaringologistas, reumatologistas, neurologistas ou fisiatras. Entre os procedimentos mais eficazes estão técnicas específicas e alternativas, além de aparelhos (como placas de mordida) para relaxar os músculos – evitando o ranger os dentes – e, também, para o controle do estresse e da ansiedade.

Em casos mais agudos, se faz necessária a prescrição de analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios. Cirurgias são indicadas em situações graves e em apenas 6%, em média, quando todas as terapias comportamentais e fisioterapias forem utilizadas. 

De fato, o diagnóstico das dores de cabeça relacionadas à DTM pode ser um desafio, uma vez que os sintomas são semelhantes a outras condições, como enxaqueca ou dores de cabeça tensionais.  Por isso, é importante procurar um profissional de saúde especializado em DTM e dor orofacial para uma avaliação completa e precisa.

Segundo a Dra. Simone Prada, especialista em Assimetria Facial e em Disfunção Temporomandibular e responsável pela Clínica Simone Prada Odontologia,  a DTM pode ser debilitante e afeta significativamente a rotina e qualidade de vida dos pacientes, mas na maioria dos casos é possível obter sucesso apenas com terapias não medicamentosas. 

A dentista, inclusive, é autora de livro sobre o tema. Uma dica de leitura para pacientes e profissionais de saúde: a obra  “Terapias Não Medicamentosas para DTM (Disfunção Temporomandibular)”, de Simone Prada, à venda na Amazon.

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